Miúda
Odiava que lhe chamassem miúda,apesar deste "miúda" ser carinhoso da parte de quem o dizia,ela sentia que mostrava pouca proximidade e uma relação pouco fortificada. Tinha um penteado fenómenal,agarrados de cada lado da cabeça com um pequeno gancho,caiam-lhe os caracóis,poucos mas os suficientes para se reparar.Além disso tinha "um sorriso dos diabos"-como lhe diziam. (No entanto em continuo a achar que era uma miúda muito simples e nada de especial).
Os miúdos quando olhavam para ela,ora torciam o nariz,ora achavam-na muito linda mesmo. Quem tinha esta última opinião não pesquisava muito sobre ela,apenas o essencial,no entanto seguia-lhe os passos,as palavras e os actos-nada escapava.E ela percebia,mas não se importava,existia ali qualquer sentimento especial e mútuo,estranhamente. Era espetacular,ela sentia uma ligação forte aos miúdos que a achavam linda mesmo,mas conhecia-os pouco,na verdade não era a todos,era só a um único,único em todos os sentidos da palavra...
Esse único!
Um dia começaram a conversar,num campo,deitados na terra,a olhar o ceú limpo e azul,embora os sentimentos não fossem os mesmos foram surgindo e avolumavam-se à medida que a relação se tornava mais diferente e secreta.
(continua...)
3 Comentários:
Eu n diria melhor:P Está perfeito!
cheira-me a biografia :P
entao e a continuaçao? ;)*
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